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Arquitetura Corporativa de TI

Governança de TI é uma parte integral da Governança Corporativa e é formada pela liderança, estruturas organizacionais e processos que garantem que a TI sustenta e melhora a estratégia e objetivos da organização

De maneira geral, arquitetura corporativa ou empresarial são métodos para descrever os processos organizacionais de uma empresa, como conexões entre equipamentos, padrões de funcionamento, soluções empregadas, políticas de segurança e privacidade e etc. Ela permite o equilíbrio entre eficiência e inovação corporativa, permitindo que unidades de negócio inovem com segurança em busca de vantagem competitiva, levando ao aumento contínuo do grau de competitividade.

A arquitetura corporativa pode ser dividia em múltiplas camadas, que pode ir desde a camada relacionada aos negócios (estratégica), até a camada referente a tecnologia. TOGAF especifica quatro níveis: Negócios (Business), Aplicação (Application), Dados (Data) e Tecnologia (Technology) Arquitetura de TI pode ser definida como uma série de conhecimentos técnicos e habilidades de gestão que integram a tecnologia de TI aos objetivos do negócio. As rotinas de TI que estão relacionadas à arquitetura corporativa podem envolver um grande número de profissionais que dividem tarefas, realizam feedbacks, monitoram recursos e o cumprimento de normas para garantir que um ambiente digital confiável, seguro e eficaz visando eliminar falhas e gargalos de hardware e de software.

Importância da Arquitetura Corporativa para as Organizações

Em um mundo em rápida evolução, no qual surgem diariamente novos negócios disruptivos, a arquitetura corporativa de TI é extremamente importante, uma vez que pode prejudicar ou auxiliar na inovação e na busca de vantagens competitivas.

Historicamente, até o final do século XX, ter uma infraestrutura de TI significou ter à disposição equipamentos que melhoravam a produtividade e a qualidade do trabalho, mas não necessariamente traziam vantagens competitivas significativas às empresas de um mesmo ramo. Talvez com exceção de alguns nichos, como o bancário ou o setor aéreo, mesmo empresas menos informatizadas conseguiam competir em pé de igualdade com empresas mais informatizadas. A TI não era fonte de disrupção nos negócios, mas uma apoiadora dos processos da empresa.

Ao entrarmos no século XXI, os avanços tecnológicos em TI permitiram a criação de novos negócios totalmente digitais, como o UBER, o Airbnb e etc, nos quais a TI já não é mais apenas uma apoiadora de processos, mas o negócio em si.

Neste novo contexto histórico, para uma empresa, ter a arquitetura de TI certa pode ser a diferença entre se tornar a melhor em seu ramo, apenas sobreviver ou ser eliminada do mercado. Como já dito anteriormente, ela permite o equilíbrio entre eficiência e inovação corporativa, permitindo que unidades de negócio inovem com segurança em busca de vantagem competitiva, levando ao aumento contínuo do grau de competitividade. Ter a arquitetura certa de TI pode permitir a uma empresa criar novos processos digitais e até um novo produto/serviço disruptivo. A importância da arquitetura de TI reside no fato de que suas escolhas custam muito dinheiro e tempo de implantação, além de termos de conviver com elas por um bom tempo. Assim, a arquitetura de TI deve ser bem pensada tendo como principal característica a flexibilidade e a adaptabilidade, uma vez que nós não temos como prever o que surgira de revolucionário em TI daqui a 5 anos. O que escolher: soluções em nuvem ou On Premises (privado) ou híbrida, softwares proprietários como o Windows ou abertos como o Linux e etc. A escolha da metodologia utilizada em um projeto de desenvolvimento de software, por exemplo, pode impedir times de manterem-se aderentes a métricas, KPIs e prazos.

Desafios ao Projetar a Arquitetura Corporativa

Uma vez que a alta gerência já esteja convencida da importância da arquitetura de TI, os principais desafios na implantação são:

  • Convencer alta gerência
  • Adotar padrões flexíveis e adaptáveis
  • Conseguir alinhar os objetivos da empresa com as rotinas de gestão de software, infraestrutura e plataforma do negócio
  • Escolher o melhor framework que se adapte ao perfil da organização,
    • TOGAF (The Open Group Architecture Framework)
    • DoDAF (Department of Defense Architecture Framework (DoDAF)),
    • Zachman (IBM década de 80)
  • Escolher o modelo de serviço a ser utilizado, como SaaS, PaaS ou IaaS com hospedagem, pública, privada ou híbrida

Os principais desafios na manutenção são:

No modelo On Premises (privado):

  • Escalar a solução implantada;
  • Manter seus níveis de serviço, como disponibilidade e resiliência a falhas;

No modelo público:

  • Estar preso as soluções de um fornecedor específico, como Amazon AWS, Microsoft Azure e etc;
  • Estar preso em plataformas precificadas em dólar;

O Papel do Arquiteto de Soluções

O principal papel do arquiteto de TI é alinhar os objetivos da organização com as rotinas de gestão de software, infraestrutura e plataforma do negócio, independente de flutuações no mercado, crises financeiras, mudanças de estratégia corporativa ou de necessidades internas, alinhando as metas entre o setor de TI e outros setores.

Esse profissional deve manter a tecnologia como um fator importante para o empreendimento, seja como fonte de inovação ou como método de otimização de rotinas. Assim, é necessário que o arquiteto de TI possua uma visão de mercado, que esteja em sintonia com as abordagens feitas pelos outros setores e que possa agregar valor aos serviços do negócio.

Para exercer sua função, o arquiteto deve ter um mix de habilidades técnicas e interpessoais, devendo:

  • Ter habilidades de relacionamento interpessoal (soft skills) como capacidade de liderança, de gestão de pessoas, de relacionamento interpessoal, de interação entre pares, conhecendo técnicas de apresentação de ideias e integração de equipes além de saber solucionar conflitos.
  • Ser líder (papel estratégico), propondo soluções e sendo um agente de propagação de boas práticas de governança.
  • Ter habilidades de Design: conhecer os processos de design de software, patterns, modelagem de requisitos, testes de código, metodologias de projeto, e análise de software.
  • Ter habilidades de Negócio: entender os principais fundamentos de um empreendimento, as suas rotinas de validação, planejamento e desenvolvimento de serviços.
  • Conhecer o Ambiente de TI: infraestrutura de rede, plataformas digitais, frameworks de desenvolvimento, criação de aplicações, gestão de projetos e planejamento de mudanças internas.
  • Conhecer atributos de qualidade dos sistemas digitais como usabilidade, localização, escalabilidade, performance e disponibilidade de recursos.
  • Criar sinergias entre as áreas da empresa unindo profissionais em torno de objetivos em comum e criando rotinas de trabalho funcionais.

A Arquitetura Corporativa: Inovação e Sobrevivência dos Negócios

Comparando a lista da Fortune 500 de 1955 com a lista de 2017 (62 anos) vemos que apenas 60 empresas estão em ambas as listas. 88% das maiores de 1955 não estão mais na lista, faliram, perderam relevância, foram compradas e etc.

Este fenômeno vem se acelerando nos últimos anos: segundo relatório da Innosight, pela média de renovação atual da lista, estimasse que em 10 anos ao menos a metade das empresas da Fortune 500 serão alteradas em relação a hoje.

Outro dado:

Pesquisa da The Economist Disrupters com 1000 executivos sêniors em múltiplos mercados mostrou que a disrupção é real e ameaçadora à continuidade dos negócios:

  • 6 em cada 10 veem a disrupção como ameaça
  • A maioria acredita que suas empresas estão sendo reativas e não proativas quanto a disrupção

Neste novo mundo de negócios, no qual a novidade e a disrupção estão presentes, no qual a busca pela vantagem competitiva está cada vez mais difícil, mostramos nesta entrevista que a Arquitetura Corporativa de TI pode auxiliar tanto na inovação quanto na sobrevivência do negócio pois:

  • Permite o equilíbrio entre eficiência e inovação corporativa
  • Permite que unidades de negócio inovem com segurança em busca de vantagem competitiva
  • Permite a criação de novos processos digitais, produtos e serviços disruptivos = continuidade dos negócios

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